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Mordidas Profundas e Possibilidades de Correção Introdução Creio que a mordida profunda é das maloclusões mais difíceis de serem tratadas. Assim, o diagnóstico correto para que não se apliquem alternativas de tratamento de compensação para casos onde seriam obrigatórios procedimentos cirúrgicos torna-se essencial. Defina, portanto qual o limite de intervenção. Em pacientes adultos, a possibilidade de conseguirmos movimentarmos os incisivos superiores independente da forma terá como referência a posição da cúspide do canino superior, quando este presente e em posição definitiva. Alternativas de tratamento Em pacientes adultos basicamente teremos os arcos com curva de Spee (sejam redondos ou retangulares), os arcos de intrusão, as distalizações e a alteração no padrão de colagem. Não acreditamos nos elásticos, e a cirurgia ortognática não será objeto de nossa avaliação neste momento. Observe a diferença no relacionamento vertical entre os incisivos ainda no período de nivelamento. Em ambas as arcadas foram inseridas arcos retangulares .016” x .022” para controle de vestibularização anterior. É óbvio que o nivelamento normalmente proporciona melhor nesta questão, mas é importante lembrarmos que a simples e descontrolada vestibularização dos incisivos superiores pode não ter estabilidade. O limite de tratamento dado neste caso pela posição da cúspide do primeiro pré-molar superior. Para que não fiquemos tentados a manipulação e indução a erro de avaliação cabe estabelecermos um limite para o tratamento compensatório, em paciente adulto, das mordidas profundas. O limite de tratamento reavaliado neste caso após correção do posicionamento do canino superior. Este limite terá como referência a posição do canino superior, por sua ponta de cúspide, ou equivalente, que pode ser a ponta de cúspide do primeiro pré-molar superior. Já com respeito às alternativas de tratamento, a alteração de padrão de colagem dos incisivos superior pode ser uma opção. Alterando a colagem dos incisivos superiores é possível melhorar o relacionamento vertical anterior, o que possibilitará a montagem do aparelho inferior. Este fato é essencial à evolução do tratamento e devida intervenção na mordida profunda. Outra possibilidade, ainda na fase de nivelamento é a implementação de arco de aço com curva de Spee, com fio travado na mesial de primeiro molar com uma dobra ômega. A utilização do fio .016” de aço com curva de Spee e ômega na mesial de primeiro molar permitiram a vestibularização dos incisivos superiores e consequente abertura de espaço para a montagem do aparelho fixo inferior. Também foi alterado o padrão de colagem destes dentes anteriores, nos mesmos inseridos bráquetes “transitórios” do padrão edgewise, para mais à frente após tratada a mordida profunda recolarmos os dentes anteriores com bráquetes definitivos da DVS. Como aconselhamos o tratamento da mordida profunda (assim como as questões sagitais) em um segundo momento, segundo nosso protocolo de tratamento das questões ortodônticas, nesta hora podemos utilizar os arcos de intrusão. Ao lado, o arco de intrusão, que é confeccionado com fio .016” x .016” de cobalto-cromo (elgiloy). A dobra de intrusão é posicionada entre incisivo lateral e canino superior em ambos os lados da arcada. A dobra inicial é de 45,00 podendo ser reativada a cada mês, havendo a necessidade de nivelamento prévio. Cabe ainda ressaltar que existirá mais tarde a necessidade de recolagem dos bráquetes anteriores para . prosseguimento do tratamento e inserção de arcos retangulares de maior calibre, notadamente o .017” x .025” de aço. Finalmente, como último recurso podemos ainda inserir o arco retangular .017” x .025” de aço com curva de Spee. O grande desafio e preocupação é que este arco estabelece forças intensas e de intrusão que sabemos de repercussão desfavorável perante o periodonto de inserção. Este passo clínico será o último, e definitivo no tratamento destas maloclusões. Ao lado o arco retangular de intrusão posicionado nos tubos dos molares. Repare a quantidade de ativação inicial, pois quando posicionado, na região anterior o fio passará ao nível de festão gengival dos incisivos superiores. No entanto, o cuidado na abordagem das mordidas profundas deve ser severo, afinal enfrentamos uma maloclusão onde o próprio desenvolvimento funcional da oclusão, com consequente perda de dimensão vertical de oclusão sempre será um problema. Referências Bibliográficas 1. Ortodontia: uma técanica ao alcance de todos. Eduardo César Werneck – Editora IEPC, 2004