Download gabrielle me2009

Survey
yes no Was this document useful for you?
   Thank you for your participation!

* Your assessment is very important for improving the workof artificial intelligence, which forms the content of this project

Document related concepts
no text concepts found
Transcript
Gabrielle Jacklin Eler
Ação do n-propil galato sobre o
metabolismo do fígado de rato
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Ciências Biológicas da Universidade
Estadual de Maringá, área de concentração em
Biologia Celular e Molecular, para a obtenção do
grau de Mestre
Maringá
Fevereiro, 2009
2
Gabrielle Jacklin Eler
Ação do n-propil galato sobre o
metabolismo do fígado de rato
Prof. Dr. Adelar Bracht
Orientador
3
Dados Internationais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Biblioteca Central – UEM, Maringá – PR., Brasil)
Gabrielle Jacklin Eler
D722a
Ação do n-propil sobre o metabolismo do fígado de rato/
Gabrielle Jacklin Eler. -- Maringá : [s.n.], 2009.
60 f. : il. , figs., tabs., retrs.
Orientador : Prof. Dr. Adelar Bracht
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Maringá. Programa
de Pós-graduação em Ciências Biológicas. Departamento de Bioquímica,
2009.
1. Metabolismo hepático. 2. Gliconeogênese. 3. n-Propil galato. 4.
Consumo de oxigênio. 5. Biotransformação. I. Universidade Estadual de
Maringá. Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas.
Cdd 21.ed. 571.32
Biografia
Gabrielle Jacklin Eler nasceu em Umuarama, Estado do Paraná no dia 30
de março de 1984. Possui graduação em Enfermagem pela Universidade
Paranaense (2006). Durante o período da graduação participou como aluna
de iniciação científica do projeto “Efeito da desnutrição protéica sobre o
plexo mientérico de ratos adultos”, sob orientação da professora Débora de
Mello Gonçales Sant’Ana e o professor Eduardo José de Almeida Araújo.
Atualmente
cursa
Mestrado
em
Ciências
Biológicas
com
área
de
concentração em Biologia Celular e Molecular, tendo atuado na área de
metabolismo hepático, com participação em vários projetos.
5
Agradecimentos
A Deus, meu maior amigo, fonte de fé e esperança.
A meu querido orientador Prof. Dr. Adelar Bracht pelo ensinamento,
oportunidade, apoio, dedicação, exemplo pessoal, convivência e paciência.
Aos meus pais Ormongenio Rodrigues Eler e Edna Salapata Eler pelo apoio e
carinho.
A todos os professores do Laboratório de Metabolismo Hepático (UEM): Dra.
Nair Seiko Yamamoto, Dr. Carlos Henrique Lopez, Dra. Clairce Luzia
Salgueiro Pagadigorria, Dra. Emy Luiza Ishii Iwamoto, Dra. Fumie Suzuki
Kemmelmeier, Dra. Jorgete Constantin, Dr. Jurandir Comar, Msc. Elismari
Rizato Martins-Maciel e também a Professora Dra. Rosane Marina Peralta do
Laboratório Bioquímica de microrganismos.
Aos professores do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas da
Universidade Estadual de Maringá (UEM) pelos ensinamentos.
Aos funcionários do Laboratório de Metabolismo Hepático (UEM): Irene
Aparecida Bernardino, Aparecida Pinto Munhos Hermoso, Luiz Saraiva Arraes
e Célia Gaparetto pela amizade e apoio.
Aos amigos de laboratório e da turma de mestrado de 2007, em especial
Silmara, Andrea, Carla, Marcio, Francielli, Murilo, Rodrigo, Renato, Cristiane
e Mariana.
A todos que colaboraram para realização deste trabalho.
6
Apresentação
Este trabalho foi realizado no Laboratório de Metabolismo
Hepático da Universidade Estadual de Maringá, formado
pelos artigos:
Eler GJ, Peralta RM, Bracht A. The action of n-propyl gallate on
gluconeogenesis and oxygen uptake in the rat liver. ChemicoBiological Interactions (submetido).
Eler GJ, Peralta RM, Bracht A. The action of n-propyl gallate on
glucose output and related parameters under glycogenolytic conditions in the rat liver (a ser submetido).
Os dois artigos relatam e discutem observações originais.
7
Resumo geral
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS  O n-propil-galato, ou propil 3,4,5-trihidroxi-benzoato (ver figura), é um éster formado pela condensação do ácido gálico com o
n-propanol. O n-propil galato tem sido usado em alimentos (principalmente
óleos e gorduras), cosméticos, produtos para cabelos, adesivos e lubrificantes
para impedir a oxidação. O composto protege contra a oxidação por peróxido de
hidrogênio e radicais livres de oxigênio através de um mecanismo catalítico
semelhante ao da superóxido dismutase.
O n-propil galato é encontrado naturalmente em muitos produtos de origem vegetal. No
chá verde, por exemplo, a porção ácido gálico
é uma das estruturas mais comuns entre os
seus compostos fenólicos. O ácido gálico livre
e o n-propil galato são particularmente abundantes, mas outros ésteres também são encontrados. O n-propil galato apresenta certo
grau de toxicidade, inclusive hepatotoxicidade
conforme sugerido por aumentos nas transaminases circulantes. Em hepatócitos foram
observados morte celular aguda, inibição do
Estrutura do n-propil
consumo de oxigênio e depleção de ATP. Por
galato
(massa molecular =
isto a ação tóxica do n-propil galato tem sido
212,2 g/mol).
atribuída a uma ação sobre o metabolismo
energético mitocondrial, mas a conclusão baseia-se em experimentos realizados com concentrações bastante altas do composto (1 a 2 mM). No entanto, foi relatado recentemente que o n-propil galato e o
ácido gálico agem como eliminadores de radicais livres em concentrações de até
200 µM. Além disto, o ácido gálico, inibe a comunicação intercelular mediada por
gap junctions nesta mesma faixa de concentração. Deve-se acrescentar ainda que a
hidrólise do n-propil galato gera pelo menos um metabólito ativo que é o npropanol, cujo metabolismo é semelhante ao do etanol, um inibidor da gliconeogênese em consequência de suas reações de transformação. Estes fatos levaramnos a investigar possíveis ações metabólicas do n-propil galato em concentrações
bem abaixo de 1-2 mM. Este objetivo pode ser atingido mais facilmente através
de medidas de vias metabólicas biossintéticas, tais como a gliconeogênese,
muito sensíveis a alterações na integridade celular ou nas concentrações intracelulares de intermediários-chave do metabolismo. Para medir a gliconeogênese
e vias associadas o fígado de rato em perfusão isolada foi utilizado. Adicionalmente, frações sub-celulares, tais como microssomos, foram usados para
medidas complementares de atividades enzimáticas com vistas à dedução de
mecanismos para os efeitos observados.
MÉTODOS  Ratos Wistar machos (180-220 g), alimentados com ração padronizada (Nuvilab), foram utilizados. O fígado foi perfundido isoladamente no
modo não-recirculante. O líquido de perfusão foi o tampão Krebs/Henseleit-bicarbonato (pH 7,4), saturado com uma mistura de O2 e CO2 (95:5) através de
um oxigenador de membrana e simultaneamente aquecido a 37 oC. Quatro
substratos gliconeogênicos foram infundidos: lactato, glicerol, alanina e frutose. A
concentração de oxigênio no perfusado efluente foi monitorada continuamente
por polarografia; a produção de metabólitos foi medida enzimaticamente usando métodos espectrofotométricos. Fluxos metabólicos foram calculados a partir
8
de diferenças porto-venosas e do fluxo total pelo fígado e referidos ao peso
fresco do órgão. O consumo de oxigênio por mitocôndrias e microssomos isolados foi medido polarograficamente. Atividades enzimáticas foram medidas espectrofotometricamente e através da incorporação de 14C a partir de [14C]bicarbonato (reação de carboxilação). A radioatividade foi medida através de
espectrometria de cintilação líquida.
RESULTADOS  Sob condições de gliconeogênese (fígados de ratos em jejum
de 24 horas), o n-propil galato, na faixa de concentração até 200 µM, inibiu a
gliconeogênese com os quatro substratos testados na presente investigação:
lactato, alanina, glicerol e frutose. A inibição foi reversível. Com lactato, 50% de
inibição foram encontrados na concentração de 86,4 µM. Com 200 µM a inibição
subiu para 80% com lactato, mas foi de 99% com alanina. Com frutose e
glicerol a inibição foi menos pronunciada, 30 e 27%, respectivamente, com npropil galato 200 µM. O efeito do ácido gálico sobre a gliconeogênese foi bem
menor: uma concentração de 100 µM produziu 20% de inibição da gliconeogênese a partir de lactato. Paralelamente à inibição da gliconeogênese o npropil galato também aumentou o consumo de oxigênio de modo saturável com
50% de estímulo máximo na concentração de 42,8 µM quando lactato foi o
substrato. Este estímulo máximo foi de 1,3 vezes em relação ao estímulo
causado pela infusão de lactato. Em termos relativos o estímulo foi maior
quando glicerol foi o substrato: 9,5 vezes em relação ao estímulo produzido
apenas pelo substrato. A produção de piruvato com todos os substratos exceto
a frutose foi estimulada pelo n-propil galato. A produção de lactato também foi
estimulada quando alanina e frutose foram os substratos. O ácido gálico, por
outro lado, não causou estímulo significativo no consumo de oxigênio.
A atividade do ciclo dos ácidos tricarboxílicos foi medida como produção de
14
CO2 após marcação dos estoques de acetil-CoA com infusão de quantidadestraço de [1-14C]octanoato. O n-propil galato inibiu reversivelmente a produção
de 14CO2; esta inibição foi simultânea ao estímulo do consumo de oxigênio.
Ao bloquear a cadeia respiratória mitocondrial com cianeto 2 mM a capacidade do n-propil galato em aumentar o consumo de oxigênio no fígado em
perfusão com meio livre sem substratos foi reduzida em 63%. Comparativamente, a mesma concentração de cianeto eliminou por completo as capacidades
de aumentar o consumo de oxigênio do n-propanol (200 µM) e do 2,4-dinitrofenol (100 µM). Eliminação total da capacidade do n-propil galato em estimular
o consumo de oxigênio foi obtida, no entanto, pela infusão simultânea de
cianeto 2 mM e proadifen 100 µM, este último um inibidor da cadeia microssomal de transporte de elétrons.
A liberação de glicose e lactato sob condições glicogenolíticas no figado de
ratos alimentados foi aumentada pelo n-propil galato. Os dois efeitos foram
relativamente modestos e às vezes instáveis. Na passagem de 200 para 400 µM
o efeito sobre a liberação de glicose foi aumentado. O n-propanol, na concentração de 200 µM, também causou pequeno aumento na liberação de glicose.
As velocidades de liberação de n-propanol no perfusado efluente com n-propil
galato portal 200, 500 e 1000 µM foram, respectivamente, 0, 0,14±0,02 e
0,61±0,16 µmol min−1 g−1. n-Propanol na concentração de 200 µM inibiu
claramente a gliconeogênese a partir de lactato de 0,81±0,05 para 0,64±0,03
µmol min−1 g−1 (21%) sem alterar, neste caso, o consumo de oxigênio.
O n-propil galato até 200 µM não afetou a respiração de mitocôndrias isoladas dependente de succinato e α-cetoglutarato, tanto na ausência como na presença de ADP. Confirmando observações prévias, no entanto, o controle respi-
9
ratório, foi claramente prejudicado pelo n-propil galato com ambos os substratos. O consumo de oxigênio de microssomos incubados na presença de NADPH,
no entanto, foi estimulado de modo saturável pelo n-propil galato (50% do
estímulo máximo na concentração de 37,5 µM). O ácido gálico, porém, não
causou nenhum estímulo.
Os níveis teciduais de AMP e ADP não foram alterados pelo n-propil galato.
Houve, no entanto, uma pequena, mas estatisticamente significativa, redução
dos níveis teciduais de ATP (5%).
A atividade da piruvato carboxilase de mitocôndrias intatas foi inibida pelo npropil galato, com 50% de inibição numa concentração de 142,2 µM. Em
mitocôndrias rompidas por congelamento-descongelamento a inibição foi mínima. O ácido gálico não inibiu a atividade piruvato carboxilase. A glicose 6fosfatase e a frutose 1,6-bisfosfatase não foram inibidas pelo n-propil galato.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES  A mais importante conclusão é que o n-propilgalato é capaz de afetar o metabolismo do fígado de rato sem que haja depleção do ATP intracelular e em concentrações consideravelmente menores do
que aquelas que foram relatadas como sendo inibidoras do metabolismo energético mitocondrial em hepatócitos isolados. O efeito mais importante é a inibição da liberação de glicose, mas o composto produz outras alterações em fluxos
metabólicos. Entre elas está o estímulo do consumo de oxigênio que ocorre
tanto nas mitocôndrias como também no sistema microssomal de transporte de
elétrons. A causa mais importante para a diminuição da liberação de glicose
parece ser a inibição da gliconeogênese em consequência da inibição da carboxilação do piruvato. Isto, por sua vez, deve ser consequência de uma inibição
do transporte de piruvato através da membrana mitocondrial, conforme revelado pela observação de que a inibição da carboxilação ocorre quase que apenas
em mitocôndrias intactas. Este não é o único mecanismo de inibição da liberação de glicose, como pode ser deduzido do fato de que o n-propil galato
também inibiu, embora com menor intensidade, a liberação de glicose dependente de precursores (frutose e glicerol) cuja entrada na via gliconeogênica está
situada após a reação da piruvato carboxilase. Mecanismos adicionais para a
inibição da liberação de glicose são: a) desvio de uma fração da glicose 6fosfato para a via das pentoses com vistas à produção de equivalentes redutores na forma de NADPH, a serem usados no transporte microssomal de elétrons
ativado pelo n-propil galato; b) desvio de uma fração da glicose 6-fosfato para
as reações de glicuronidação do ácido gálico; c) inibição da gliconeogênese pelo
desvio do malato citosólico (em quase-equilíbrio com o oxaloacetato) para a
geração de NADPH com vistas à respiração microssomal; d) inibição da gliconeogênese pelo n-propanol, produzido intracelularmente a partir do n-propil
galato. A oxidação do n-propanol é provavelmente a principal responsável pelo
aumento da respiração mitocondrial causada pelo n-propil galato, a qual é
simultânea à ação inibitória sobre o ciclo dos ácidos tricarboxílicos.
O desacoplamento da cadeia respiratória mitocondrial não parece ser significativo no fígado em perfusão em concentrações de n-propil galato até 200 µM,
embora ele seja significativo em incubações com mitocôndrias isoladas. No
entanto, concentrações maiores, 400 µM por exemplo, provavelmente produzem desacoplamento em níveis significativos.
Como conclusão final pode-se dizer que o n-propil galato é uma espécie de
efetor metabólico, cujas ações sobre o metabolismo hepático são relativamente
moderadas embora possam se tornar altamente prejudiciais para o órgão e para
o organismo como um todo em altas doses e concentrações.
10
General abstract
INTRODUCTION AND AIMS  n-Propyl gallate, or propyl 3,4,5trihidroxy-benzoate (see figure), is an ester formed by condensation of
gallic acid and n-propanol. It has been added to foods (especially oils
and fats), cosmetics, hair products, adhesives and lubricants to prevent
oxidation. The compound protects against oxidation by hydrogen
peroxide and oxygen free-radicals by means of a catalytic mechanism
similar to that of the superoxide dismutase.
n-Propyl gallate occurs naturally in
many
products of plant origin. In
green tea, for example, the gallic acid
moiety is one of the most common
structures
among
its
phenolic
compounds. Free gallic acid and npropyl
gallate
are
particularly
abundant but other esters have also
been found. In mammals the n-propyl
gallate presents a certain degree of
toxicity including hepatotoxicity as
suggested
by
increases
in
the
circulating
levels
of
aminoStructure of n-propyl
transferases.
Acute
cell
death,
gallate
(molecular mass =
inhibition of oxygen consumption and
212.2 g/mol).
ATP depletion have been observed in
isolated hepatocytes. For this reason
the effects of n-propyl gallate have
been atributted to an action on the mitochondrial energy metabolism, but
this
con-clusion is based on
experiments in which high
concentrations of the compound were used (1 a 2 mM). Nevertheless, it
has been recently reported that n-propyl gallate and gallic acid act as freeradical scavengers at concentrations up to 200 µM. Furthermore, gallic acid
inhibits
gap-junctional intercellular communication
in
the
same
concentration range. It must also be added that hepatic transformation of
n-propyl gallate generates n-propanol, a compound whose metabolic
transformation is similar to that of ethanol, an inhibitor of hepatic
gluconeogenesis in consequence of its transformation reactions. All these
facts prompted us to investigate possible metabolic actions of n-propyl
gallate at concen-trations well below 1-2 mM. This purpose can be best
accomplished by measuring metabolic biosynthetic pathways, such as
gluconeogenesis, that are highly sensitive to changes in cell integrity or
to relatively small changes in the intracellular concentration of key
metabolic intermediates. For measuring gluco-neogenesis and associated
pathways the isolated perfused rat liver was used. Additionally, subcellular fractions, such as microsomes, were used for comple-mentary
measurements of several enzymatic activities. The latter should allow to
suggest possible mechanisms for the observed effects.
11
METHODS  Male Wistar rats (180-220 g), fed ad libitum with a standard
laboratory diet (Nuvilab), were used. The isolated liver was perfused in the
non-recirculating mode. The perfusion fluid was Krebs/Henseleitbicarbonate buffer (pH 7.4), saturated with O2 and CO2 (95:5) by means of
a membrane oxygenator and simultaneously heated to 37 oC. Four
gluconeogenic substrates were infused: lac-tate, glycerol, alanine and
fructose. The oxygen concentration in the perfusate was monitored
continuously by means of polarography. Metabolite production was
measured by means of enzymatic assays. Metabolic fluxes were calculated
from the portal-venous differences and the total flow through the liver and
referred to the wet liver weight. Oxygen consumption by isolated
mitochondria and microsomes was measured polarographically. Enzyme
activities were measured spectropho-tometrically or by assaying 14C
incorporation
from
[14C]bicarbonate
(carboxyla-tion
reaction).
Radioactivity was measured by liquid scintillation spectrometry.
RESULTS  Under gluconeogenic conditions (livers of 24-hours fasted
rats), n-propyl gallate in the concentration range up to 200 µM, inhibited
glucose synthesis from the four substrates tested in the present work:
lactate, alanine, glycerol and fructose. The inhibition was reversible.
With lactate 50% inhibition was found for a concentration of 86.4 µM.
With 200 µM the inhibition increased to 80% with lactate, but it was
99% with alanine. With the substrates fructose and glycerol the
inhibition was less pronounced, 30 and 27%, respectively, with 200 µM
n-propyl gallate. The action of gallic acid on gluconeogenesis was
considerably smaller: the concentration of 100 µM produced 20%
inhibition when lactate was the substrate. In parallel with the inhibition
of gluconeo-genesis, n-propyl gallate also increased oxygen uptake in a
saturable manner with 50% of maximal stimulation at the concentration
of 42.8 µM when lactate was the substrate. The maximal stimulation
corresponded to 1.3 times the stimulation caused by lactate infusion
alone. The relative stimulation was much more pronounced when
glycerol was the substrate: 9.5 fold in relation to the stimulation caused
by the substrate alone. Pyruvate productions from all substrates except
fructose were stimulated by n-propyl gallate. Lactate produc-tions from
alanine and fructose were also stimulated. Gallic acid, on the other hand,
did not produce significant stimulation of oxygen uptake.
The activity of the tricarboxylic acid cycle was quantified as 14CO2
production after labelling the cellular acetyl-CoA pools with the infusion
of tracer amounts of [1-14C]octanoate. n-Propyl gallate reversibly
inhibited 14CO2 production; this inhibition occurred simultaneously with a
stimulation of oxygen uptake.
Blocking of the mitochondrial respiratory chain of livers perfused with
substrate-free perfusion fluid with 2 mM cyanide diminished the n-propyl
gallate stimulation of oxygen uptake by 63%. Comparatively, the same
cyanide con-centration abolished the stimulating action of n-propanol
(200 µM) and 2,4-dinitrophenol (100 µM). Total impairment of the
capacity of n-propyl gallate as an oxygen uptake stimulator was
obtained, however, by the simultaneous infu-sion of 2 mM cyanide and
12
100 µM proadifen, the latter being an inhibitor of the microsomal
electron transport chain.
Glucose and lactate output under glycogenolytic conditions in livers
from fed rats were increased by n-propyl gallate. Both effects were
relatively mild and unstable under some conditions. In the passage from
200 µM to 400 µM n-propyl gallate the action on glucose release was
further enhanced. n-Propanol at the concentration of 200 µM also
produced small increases in glucose release.
The rates of n-propanol overflow in the effluent perfusate with portal
n-propyl gallate 200, 500 and 1000 µM were, respectively, 0, 0.14±0.02
and 0.61±0.16 µmol min−1 g−1. n-Propanol at the concentration of 200 µM
clearly inhibited lac-tate gluconeogenesis from 0.808±0.051 to
0.639±0.031 µmol min−1 g−1 (21%) without changing, under these
conditions, oxygen uptake.
n-Propyl gallate up to 200 µM did not increase respiration driven by
succinate and α-ketoglutarate in intact mitochondria either in the
absence or presence of exogenously added ADP. Confirming previous
reports, however, the respiratory control, was clearly impaired by npropyl gallate with both substrates. Oxygen uptake of microsomes
incubated in the presence of NADPH was stimulated in a saturable
manner by n-propyl gallate (50% of maximal stimulation at 37.5 µM).
Gallic acid, however, did not stimulate NADPH driven microsomal oxygen
uptake.
The tissue levels of AMP and ADP were not affected by n-propyl
gallate up to 200 µM. There was, however, a small, though statistically
significant, reduction in the tissue levels of ATP (5%).
The activity of pyruvate carboxylase of intact mitochondria was
inhibited by n-propyl gallate with 50% inhibition at the concentration of
142.2 µM. There was only minimal inhibition of the pyruvate carboxylase
activity in freeze-thawing disrupted mitochondria. Gallic acid did not
inhibit the pyruvate carboxylase activity of intact or disrupted
mitochondria. Glucose 6-phosphatase and fructose 1,6-bisphosphatase
activites were not inhibited by n-propyl gallate.
DISCUSSION AND CONCLUSIONS  The most important conclusion is
that n-propyl gallate is able to affect the metabolism of the rat liver
without cellular ATP depletion at concentrations considerably smaller
than those reported to be inhibitory for the mitochondrial energy
metabolism in isolated hepatocytes. The most prominent effect is
inhibition of glucose output, but the compound is able to produce several
alterations in the hepatocyte in terms of metabolic fluxes. One of these
alterations is oxygen uptake stimulation which occurs in both
mitochondria and microsomes. The most important cause for the
diminution of glucose output in the absence of significant glycogen
stores seems to be inhibi-tion of gluconeogenesis in consequence of an
inhibition of pyruvate carboxyla-tion. This, in turn, results from an
inhibition of pyruvate transport across the mitochondrial membrane, as
revealed by the observation that inhibition of carboxylation occurs only
in intact mitochondria. This is not the only mecha-nism, as can be
deduced from the fact that n-propyl gallate also inhibits, though less
13
strongly, glucose synthesis from precursors (fructose and glycerol)
whose entry into the gluconeogenic pathway is situated after the
pyruvate carboxylase reaction. Additional mechanisms for glucose output
inhibition are: a) deviation of a fraction of glucose 6-phosphate into the
pentose monophosphate shunt for the production of reducing
equivalents in the form of NADPH to be used in the n-propyl gallatestimulated microsomal electron transport; b) deviation of a fraction of
glucose 6-phosphate for glucuronidation reactions; c) inhibition of
gluconeogenesis by deviating cytosolic malate (in equilibrium with
oxaloacetate) for the production of NADPH for microsomal electron
transport; d) gluconeo-genesis inhibition by n-propanol, produced
intracellularly from n-propyl gallate. n-Propanol oxidation is probably the
main responsible for the increased mito-chondrial respiration caused by
n-propyl gallate, which is simultaneous to the inhibitory action on the
tricarboxylic acid cycle.
Uncoupling of the mitochondrial respiratory chain seems not to be
significant at concentrations of n-propyl gallate up to 200 µM in the
perfused liver, although it may be significant in incubations with isolated
mitochondria. How-ever, higher concentrations, 400 µM for example, are
likely to produce significant uncoupling.
As a final conclusion it can be said that n-propyl gallate can be
considered a kind of metabolic effector, whose actions on the liver
metabolism are relatively mild although they can become harmful for the
organ and the whole organism at high doses and concentrations.