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64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
ESTUFA DE HERBORIZAÇÃO COMPACTA E EFICIENTE, MONTADA EM
ESTANTE DE AÇO.
Lucas C. Marinho¹, Carlos André E. Leitão²*
1 Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências Biológicas,Programa de Pós-Graduação em
Botânica, Avenida Transnordestina s/n, Novo Horizonte, 44036-900, Feira de Santana, Bahia, Brasil. 2 Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Ciências Naturais, Estrada do Bem Querer, Km04, 45.083-900,
Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. *[email protected].
Introdução
A falta de espaço físico é uma realidade de muitas
instituições de ensino e pesquisa e as estufas de
herborização são equipamentos volumosos [1]. O
presente trabalho objetivou a construção de uma estufa
de herborização sobre estante de aço barata, de fácil
montagem e que apresente eficiência no processo de
herborização.
Metodologia
A estufa de herborização é de simples construção, sendo
montada em uma estante de aço de 198 cm de altura,
contendo 6 prateleiras (fig. 1A). As medidas aqui
expostas se referem à estante utilizada no presente
trabalho, devendo passar por pequenas alterações caso
se utilize uma estante um pouco diferente na montagem
da estufa. Esta se apoia sobre a prateleira inferior da
estante, tendo como base uma peça de compensado nas
medidas da prateleira. A estufa mede 81cm de altura,
possui uma porta superior para uso geral e uma porta
frontal, para arrumação, limpeza e manutenção da estufa
(fig. 1B). Todas essas peças foram presas diretamente na
estrutura da estante utilizando-se parafusos que são os
mesmos originais para fixação das prateleiras (fig. 1B).
Para apoio das prensas, foram utilizados oito segmentos
de ripa, colocadas com sua maior largura em posição
vertical. Foram colocados dois pares de bocal de
porcelana para lâmpada presos à face interna da tampa
da caixa de luz (fig. 1C). Como fonte de calor, foram
utilizadas 4 lâmpadas incandescentes de 100W de
potência cada uma, acionadas aos pares pelo interruptor
de duas seções (fig. 1A-C). Para vedação, foi utilizado
carpete na linha de contato entre as peças fixas e as
portas, para vedação quando estas estiverem fechadas.
Resultados e Discussão
A estufa foi testada com medições de temperatura nas
duas condições de calor, bem como mediante
herborização de ramos férteis de Lantana camara L.
(Verbenaceae) e Opuntia cochenillifera (L.) Mill.
(Cactaceae). A temperatura máxima atingida com um par
de lâmpadas foi de 42°C. Já com dois pares de
lâmpadas, a temperatura atinge 55,5°C. A espécie L.
camara, sob o calor de um par de lâmpadas secou em 24
horas, enquanto que O. cochenillifera, demorou cerca de
72 horas. Sob a condição de dois pares de lâmpadas, L.
camara foi completamente herborizada em 20 horas, e O.
cochenillifera em 60 horas.
Figura 1. Esquematização da estufa de herborização. A- Aspecto geral
da estufa, montada na estante de aço, com as portas fechadas. B- Como
em A, porém com as portas abertas. C- Esquema da instalação elétrica.
Legendas: Ca - cantoneira; CoB - compensado da base; CoF compensado do fundo; CoL - compensado lateral; Cr - corrente; D dobradiça; FFaA - fio fase de alimentação; FFaL - fio fase para as
lâmpadas; FN - fio neutro; FuFE - furo para o fio elétrico; I2S interruptor de duas seções; PFr - porta frontal; PPA - parafuso com
porca e arruela; Pr – prateleira; PS - porta superior; R - ripa; SPFr suporte da porta frontal; TCh - trinco chato; TCi - trinco cilíndrico;
TCxL - tampa da caixe de luz.
Conclusões
Em temperatura máxima, o processo de herborização foi
rápido, obtendo-se bons preparados, não obstante com a
deleção das cores. Já, na temperatura inferior, os
resultados foram ótimos, de onde se conclui que a
potência máxima é recomendável apenas em caso alta
rotatividade do uso da estufa. A retomada da temperatura
foi rápida após a abertura das portas, demonstrando um
funcionamento eficiente. Por sua versatilidade, baixo
custo na construção e qualidade no processo de
herborização a estufa apresentada é recomendável a
laboratórios e herbários compactos ou de pequena
demanda na produção de exsicatas.
Referências Bibliográficas
[1] Leitão, C.A.E. & Cortelazzo, A.L. 2008. An inexpensive alternative
equipment for the plant material embedding in the paraffin under the
vacuum. Brazilian Archives of Biology and Technology 51: 1011-1014.