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UniRV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
VERIDIANE SILVA VIEIRA
A INFLUÊNCIA DO TABACO NA DOENÇA PERIODONTAL
RIO VERDE - GOIÁS
2020
VERIDIANE SILVA VIEIRA
A INFLUÊNCIA DO TABACO NA DOENÇA PERIODONTAL
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de Odontologia da
UniRV – Universidade de Rio Verde como
parte das exigências para obtenção de título
de Cirurgiã Dentista.
Orientadora: Leandra Palazzo
RIO VERDE - GOIÁS
2020
SUMÁRIO
1 TEMA E DELIMITAÇÃO ......................................................................................... 4
2 PROBLEMA ................................................................................................................ 4
3 HIPÓTESE ................................................................................................................... 4
4 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 4
5 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................... 5
5.1 DOENÇA PERIODONTAL .................................................................................... 5
5.2 TABAGISMO ........................................................................................................... 5
5.3 TABAGISMO E DOENÇA PERIODONTAL ...................................................... 6
6 OBJETIVOS ................................................................................................................ 8
6.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 8
6.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ...................................................................................... 8
7 METODOLOGIA........................................................................................................ 8
8 CRONOGRAMA ......................................................................................................... 9
9 ORÇAMENTO ............................................................................................................ 9
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 10
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1 TEMA E DELIMITAÇÃO
Abordagem sobre a influência do tabagismo no tratamento periodontal e a progressão
da doença periodontal no paciente tabagista.
2 PROBLEMA
O tabagismo influencia no tratamento periodontal ou na progressão da doença
periodontal?
3 HIPÓTESE
Os pacientes fumantes possuem dificuldade de recuperação frente ao tratamento
periodontal, com dificuldades tanto para higienização quanto de reparação tecidual e/ou óssea.
4 JUSTIFICATIVA
O tabagismo é um dos problemas mais preocupantes de saúde pública, onde através de
diversos estudos têm demonstrado sua influência perante a saúde do indivíduo como um todo.
Mesmo após anos de conscientização por vários meios de comunicação, a morte advinda do
uso do fumo ainda acomete uma grande quantidade de pessoas.
A associação entre tabagismo e a saúde periodontal tem sido estudada em vários estudos
clínicos e epidemiológicos. Esses estudos têm mostrado que os produtos contidos no cigarro
podem modificar as características clínicas e a progressão de doenças periodontais,
considerando o fumo como um fator de risco significativo para o estabelecimento da doença e
também um sério agravante no tratamento da doença periodontal.
É de grande relevância para o cirurgião dentista saber a relação do cigarro e a doença
periodontal, para que assim possa estabelecer um melhor diagnóstico e prognóstico quando se
trata de pacientes fumantes, que necessitam realizar procedimentos odontológicos, assim o
profissional da saúde tem como dever repassar essas informações ao paciente deixando-o
consciente que seus atos afetam diretamente no sucesso do tratamento a ser realizado.
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5 REVISÃO DE LITERATURA
5.1 DOENÇA PERIODONTAL
A doença periodontal (DP) causa uma alteração patológica aos tecidos, devido ao
processo inflamatório e pela causa de origem infecciosa, sendo o excessivo acúmulo de biofilme
dental seu principal agente etiológico, em decorrência de uma higiene bucal precária. A doença
possui duas formas de manifestação clínica: a gengivite, que pode causar alterações apenas no
periodonto de proteção, e a periodontite, que vai comprometer o periodonto de proteção e o
periodonto de sustentação (osso alveolar, ligamento periodontal e cemento) (CARRANZA,
2011).
Júnior e Gabrielli (2004) descrevem que a doença periodontal é uma integração
envolvendo hospedeiro, microrganismos e meio ambiente. A periodontite é a doença que possui
maior destaque entre as doenças periodontais, sendo característica a perda de suporte dos
dentes, fibras do ligamento periodontal e osso alveolar. Por mais que se tenha o conhecimento
sobre a associação dos microrganismos do biofilme dental com a etiologia e progressão da
periodontite, é de suma importância que se conheça sobre como o hospedeiro pode reagir aos
agentes agressores, para que se tenha um melhor entendimento da natureza do processo
inflamatório instalado. É de conhecimento notório que a inflamação irá alterar a flora
bacteriana, e enquanto houver sangue e presença de exsudato, haverá o crescimento de bactérias
gram-negativas, que possuem um elevado potencial periodontopatogênico.
5.2 TABAGISMO
O tabagismo é considerado um grande problema de saúde pública. Várias medidas têm
sido discutidas com objetivo de combater esse hábito. Sua relação é comum com doenças
cardiovasculares, gastrointestinais e pulmonares (PINTADO, 2010).
O tabaco foi relatado por Borojevic (2012) como um fator de risco para evolução e
agravamento da doença periodontal. É descrito que em consequência ao hábito de fumar, as
chances do paciente frente a terapia periodontal são diminuídas. Relata-se também que o foco
do tratamento da DP deve ser feito no entendimento dos fatores genéticos e ambientais.
6
O tabaco se apresenta como uma combinação que possui mais de 4000 compostos e
muitos deles possuem alta toxicidade, podendo produzir efeitos agressores a múltiplos órgãos
e tecidos. A nicotina é frequentemente um grande inimigo dos processos de regeneração óssea,
pois apresenta um alto coeficiente de difusão (PINTADO, 2010).
5.3 TABAGISMO E DOENÇA PERIODONTAL
A relação entre o tabagismo e doença periodontal é conhecida desde a década de 70,
quando se percebeu que haveria uma relação entre uma higiene oral ruim em pacientes que
fumam, atentando aos pesquisadores como um sério candidato a um dos fatores etiológicos da
DP (PINTADO, 2010).
Estudos de Bermardes. Ferres e Júnior (2013) apontam que o tabaco é um dos maiores
fatores que influenciam negativamente e causam danos à saúde oral, por ser um dos principais
responsáveis pela baixa resposta imunológica, quando ocorre a vasoconstrição tecidual, que
gera diminuição do fluxo sanguíneo no local, que modifica a microbiota e gera uma isquemia
tecidual, mascarando assim a doença. A microbiota oral também é afetada pelo fumo,
motivando uma alteração e liberação de cotinina, metabólito que predomina da nicotina na
saliva ou nos fluidos gengivais.
Os mesmos autores reportaram que em um espaço de tempo de 10 anos, que a perda
óssea relatada foi duas vezes mais intensa em pacientes fumantes, mesmo apresentando controle
de placa bacteriana satisfatório. Foi relatado também que o ato de fumar leva à um processo de
cicatrização periodontal mais lento, retardando a resposta aos tratamentos e elevando os índices
de insucesso da terapia periodontal (BERNARDES; FERRES; JÚNIOR, 2013).
O fluxo sanguíneo do tecido gengival e a revascularização óssea e dos tecidos moles, é
dificultado pelo paciente tabagista, que terá uma reparação dos tecidos bucais e regeneração de
tecidos periodontais mais prejudicada (OLIVEIRA; FERNANDES; STEFANI, 2016).
Foi relatado também que o tabaco age negativamente sobre tecidos periodontais por
diminuir a ação dos fagócitos, reduzir a quimiotaxia e o deslocamento de leucócitos
polimorfonucleares, causando alteração de resposta inflamatória do hospedeiro (KENNEY et
al., 1997).
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O ato de fumar pode causar também uma alteração na produção de anticorpos, fazendo
com que haja diminuição na concentração de IgG (Imunoglobulina G), anticorpo produzido
pelo organismo quando há contato com algum agente agressor. O uso de tabaco também pode
acarretar na diminuição da capacidade proliferativa das células T, alterando assim a produção
de anticorpos e as funções das células B (PACHECO; VINHAS, 2008).
De acordo com Carvalho, Santos e Cury (2008), o acúmulo de placa não é determinante
para distinguir pacientes fumantes e não fumantes, porém a resposta inflamatória dos pacientes
tabagistas será mais lenta se comparando a pacientes não tabagistas, ocorrendo alterações como:
aspecto menos vermelho, menor sangramento à sondagem.
A quantidade de maços fumados por dia e o tempo de tabagismo podem agravar a
evolução da DP. Por consequência desse ato, o paciente pode apresentar acentuada perda óssea,
perda de inserção clínica, aumento de bolsas periodontais, um índice elevado de cálculos
subgengivais, por fim a perda do elemento dental (SANTOS; SIQUEIRA, 2016).
AQUINO et al. (2010) fizeram estudos a respeito dos patógenos periodontais, avaliando
indivíduos de dois grupos de acordo com a condição periodontal e o hábito tabagista, um grupo
com periodonto saudável e outro grupo de pacientes que já possuíam periodontite. Foi
constatado nos resultados que há uma prevalência dos patógenos periodontais nos dois grupos,
e que grande parte da destruição do tecido periodontal nos pacientes que são fumantes e tem
periodontite, são influenciados diretamente pela resposta imunológica e atuação de monócitos.
Os efeitos do ato de fumar em relação aos tecidos periodontais dependem da frequência
de cigarros consumidos por dia e sua duração do hábito. O ato de fumar irá diminuir as funções
de regeneração dos tecidos, reduzindo assim sua capacidade de renovação. Com isso, podemos
elucidar o motivo de resultados menos satisfatórios do tratamento periodontal relacionado ao
tabagismo (DIAS, 2015).
Dias (2015) descreve também que devido ao elevado número de toxinas que compõem
o tabaco, não é definido com clareza o fator determinante das alterações periodontais em
pacientes fumantes. Ressalta também que é preciso de um maior aprofundamento nos estudos
para se compreender o que de fato causa essas alterações periodontais.
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6 OBJETIVOS
6.1 OBJETIVO GERAL
Analisar através de levantamentos bibliográficos que o hábito de fumar causa problemas
relativos ao agravamento da doença periodontal.
6.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Compreender a influência do uso de tabaco durante o tratamento periodontal, analisar
as consequências sistêmicas e destacar como ele irá interferir na resposta imunológica e
reparadora do hospedeiro.
7 METODOLOGIA
O presente estudo refere-se a uma revisão de literatura que será realizada através da
biblioteca da Universidade de Rio verde, contando também com o auxílio de livros, artigos
científicos e plataformas de banco de dados como PubMed, Scielo, Lilacs e Google Acadêmico.
Os critérios utilizados foram artigos que abordem o tabagismo como influência direta a resposta
do tratamento periodontal.
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8 CRONOGRAMA
Ações/etapas
Trimestre (mês/ano)
1º
Apresentação TCC I
2º
3º
4º
06/2020
Levantamento teórico
07/2020
Redação TCC II
09/2020
Elaboração da apresentação
10/2020
Apresentação para a banca
11/2020
Conferência das colocações
11/2020
Encadernação
12/2020
9 ORÇAMENTO
Descrição do material
Valor Total (R$)
Internet
R$ 150,00
Correção Ortográfica
R$ 65,00
Formatação e Encadernação
R$ 80,00
Total
R$ 295,00
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REFERÊNCIAS
AQUINO, D. R.; FRANCO, G. C. N.; CORTELLI, J. R.; QUEIROZ, A. P. G.; CORTELLI,
J. G.; Prevalência de patógenos periodontais em tabagistas. Revista Periodontia, v.20,
p.67-72, 2010.
BERNARDES, V. S.; FERRES, M. O.; JÚNIOR, W. L.; O tabagismo e as doenças
periodontais. Revisão de Literatura - FOL - Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep.
V.23, p.37-45, 2013.
BOROJEVIC, T.; Smoking and periodontal disease. Materia Socio Medica. v.24, p.274276, 2012.
CARRANZA, F. A.; NEWMAN, M. G.; TAKEI H. H.; KLOKKEVOLD P.R. Carranza
Periodontia Clínica. v.11, p.131, 2011.
CARVALHO, A. E.; SANTOS, I. G.; CURY, F. V.; A influência do tabagismo na doença
periodontal: revisão de literatura. Sotau; revista virtual de Odontologia, v.5, p.7-12, 2008.
DIAS, F. F. C; Tabagismo como fator de risco para doença periodontal. Biblioteca da
Faculdade de Odontologia de Piracicaba/ UNICAMP. V. 2015, 2015.
JÚNIOR, P. R.; GABRIELLI, M. F. R.; Alterações imunológicas na doença periodontal:
Revisão de literatura. Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia. v.27, p. 195-198, 2004.
KENNEY, E. B.; KRAAL, J. H.; SAXE, S. R.; JONES, J.; The effect of cigarette smoke on
human oralpolymorphonuclear leukocytes. Journal Periodontal Research. v.12, p. 227234, 1997.
OLIVEIRA, D. M. S. L.; FERNANDES, A. U. R.; STEFANI, C. M.; Relação entre
tabagismo e risco genético às doenças periodontais. Sobrape. V.26, p. 34-39, 2016.
PACHECO, J. J; VINHAS, A. S.; Tabaco e doenças periodontais. Revista Portuguesa de
Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, v.49, p. 39-45, 2008.
PINTADO, C. H; A influência do tabaco na patologia periodontal. Faculdade De
Medicina Dentária Da Universidade Do Porto. p.10-12, 2010.
SANTOS, V. T. A.; SIQUEIRA, L. C. B.; Tabaco e doenças periodontais. Revista
Científica multidisciplinar UNIFLU. v.1, p.29-37, 2016.