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Ultra-sonografia cerebral e predição de seqüelas em neonatos com citomegalovirose congênita Ancora G et al J Pediatr 2007;150: 157-61 Apresentação: Flávia Carolina Dias Andrade R 3 Neonatologia HRAS-DF Coordenação: Mauro Bacas www.paulomargotto.com.br Cranial Ultrasound Scanning and Prediction of Outcome in Newborns with Congenital Cytomegalovirus Infection Gina Ancora, MD ⁎, †, ‡, §, ⁎, ⁎ Marcello Lanari, MD, PhD ⁎, †, ‡, §, ⁎ Tiziana Lazzarotto, MD ⁎, †, ‡, § Valentina Venturi, MD ⁎, †, ‡, § Elisabetta Tridapalli, MD ⁎, †, ‡, § Fabrizio Sandri, MD ⁎, †, ‡, § Maddalena Menarini, MD ⁎, †, ‡, § Emanuela Ferretti, MD ⁎, †, ‡, § Giacomo Faldella, MD ⁎, †, ‡, § ⁎ Institute of Neonatology, Department of Gynecological, Obstetrical, and Pediatric Sciences, Sant’Orsola Hospital, University of Bologna, Bologna, Italy † Department of Clinical and Experimental Medicine, Microbiology Division, Sant’Orsola Hospital, University of Bologna, Bologna, Italy ‡ Department of Rehabilitative Medicine, Sant’Orsola Hospital, University of Bologna, Bologna, Italy § Neonatal Intensive Care Unit, University of Sherbrooke, Quebec, Canada. J Pediatr 2007;150: 157-61 INTRODUÇÃO CMV: Amplo espectro de dano cerebral (efeitos inflamatórios e teratogênicos) meningoencefalite, calcificações, microcefalia, distúrbio de migração neuronal, cistos da matriz germinativa, ventriculomegalia e hipoplasia cerebelar) Exames para detectar anomalias do SNC: CT de crânio, RNM e US cerebral US: Seguro e prático (pode ser realizado à beira do leito) OBJETIVO Correlacionar achados ultra- sonográficos com seqüelas neurossensoriais e do desenvolvimento neuropsicomotor MÉTODO Janeiro de 1997 à setembro de 2003 57 RN com CMV referidos ao hospital terciário (com equipe multidisciplinar especializada) Método diagnóstico: Isolamento viral na urina, nas primeiras 2 semanas de vida RN de mães com infecção suspeita ou confirmada MÉTODO RN sintomático (com alterações clínicas ou laboratoriais ao nascimento) ou assintomático Aparelho: Esaote AU5 com transdutor de 7.5 MHz MÉTODO Us normal: 1ª semana de vida 1m 3m US alterado: 1x/sem até 1mês 1x/mês até 6 meses 2 investigadores independentes avaliaram as imagens (não conheciam os achados clínicos) MÉTODO Achados ao US: Calcificações, ventriculomegalia, lesão cerebelar, ventriculopatia lenticulostriada Ventriculomegalia: Leve (desconsiderada), moderada ou severa (Allan, 1982) Hiperecogenicidade ao nível da gânglia basal e tálamo não foi considerada. MÉTODO Realizados: Avaliação oftalmológica no período neonatal BERA: Período neonatal, 6 e 12 meses Timpanometria: Afastar desordens do ouvido médio (perda auditiva condutiva) Audiometria até a idade escolar MÉTODO Desenvolvimento psicomotor: 6, 12 e 24 meses (postura, coordenação, fala e socialização) Quociente de desenvolvimento (DQ DQ <= 0.85: Anormal (Grossman) Avaliação neurológica suspeita: Encaminhamento para reabilitação CT e RNM: todos RN com US alterado Usado Exel e Software SPSS 5,0 (Chicago, IL) Avaliação estatística:Qui-quadrado RESULTADOS 31,6%: Sintomáticos (18) 21% com US cerebral anormal Lesões ao US foram mais freqüentes em RN sintomáticos (p = 0) Achados: calcificações, ventriculomegalia, cistos, alterações cerebelares e ventriculopatia lenticuloestriada RESULTADOS Quase todas as lesões permaneceram estáveis Não apareceram novas lesões em avaliações subseqüentes 11 RN com US alterado foram investigados: CT confirmou achados do US em 100% dos casos Houve algumas discordâncias em relação aos achados de RNM e US RESULTADOS RN com alterações ao US: 1 RN (com alteração ao US) morreu por trombose aórtica Dos 11 sobreviventes (42,3 +/-11,3 meses): 1 com ventriculomegalia moderada e cisto porencefálico seguimento sem alterações RESULTADOS 8 crianças com alterações variadas: desenvolvimento psicomotor pobre (DQ 67 – 69) Estrabismo: 2 crianças - 1 com calcificação ao nível caudal - 1com múltiplas calcificações e ventriculomegalia RESULTADOS RN com US normais (45): 42 com desenvolvimento normal 3 com hipoacusia (unilateral e leve em 1 caso; bilateral em 2 casos) RESULTADOS Feita separadamente análise dos 2 grupos: Sintomáticos e assintomáticos SINTOMÁTICOS Com alteração ao US: 10/12 RN com pelo menos 1 seqüela; Sem Alteração ao US: 0/8 com seqüelas P < 0,001 RESULTADOS ASSINTOMÁTICOS: Com US normal: 3/37 (8,1%) com surdez neuro-sensorial Com US alterado: 1/2 com seqüelas graves OR 11,3; 95% CI, 1,0-141,6; p = 2 SINTOMÁTICOS E/OU ASSINTOMÁTICOS: 91,7% dos RN com US anormal desenvolveram pelo menos 1 seqüela OR, 154; 95% CI, 17,3 – 1219; p < 0,01 DISCUSSÃO A severidade dos achados neurológicos ao nascimento está correlacionada ao pobre prognóstico (surdez, retardo mental, paralisia cerebral, convulsões e coriorretinite) Presença de sintomas ao nascimento: não é preditora de seqüelas DISCUSSÃO CT melhora acurácia prognóstica em RN sintomáticos US cerebral: Indicador prognóstico menos invasivo. Método de imagem seguro, útil para triagem e viável DISCUSSÃO Resultados concordantes com a literatura: Houve boa correlação entre achados de US em RN sintomáticos e desenvolvimento de seqüelas RN assintomáticos com alterações ao US, sem desenvolvimento de seqüelas: hemorragia? Microinfartos? DISCUSSÃO Dados são limitados para concluir sobre a utilidade do US cerebral na predição de seqüelas em RN assintomátcos ao nascimento RNM: Melhor exame de imagens para detectar lesões da substância branca e alterações da migração neuronal US: Baixa sensibilidade para detectar anomalias do giro e defeitos de mielinização RNM: exame complementar após 6 meses de vida (assintomáticos?) Objective To report the accuracy of ultrasound scanning (US) in predicting neurodevelopmental and sensorineural outcome in patients with congenital cytomegalovirus (CMV) infection. Study design Fifty-seven neonates with congenital CMV infection underwent brain US and were observed prospectively for motor skills, developmental quotient, and hearing function. Results Abnormal results on US were found in 12 of 57 neonates. US lesions were more frequent in newborns with clinical and laboratory signs of congenital CMV infection at birth (10/18) than in newborns who had no symptoms at birth (2/39; P < .001). At least 1 sequela developed in all neonates with symptoms who had abnormal US results, whereas none of the neonates with symptoms who had normal US results had long-term sequelae (P < .001). In the population without symptoms, sensorineural hearing loss developed in 3 of 37 (8.1%) neonates with normal US results, whereas severe sequelae developed in 1 of 2 neonates with abnormal US results. Conclusions A good correlation was found between cerebral US abnormalities and the prediction of outcome in newborns who were congenitally infected with CMV and had symptoms at birth. US could be performed as the first neuroimaging study in these newborns. Data are insufficient to permit any suggestions for the population without symptoms. Referências do artigo: 1 Volpe J.J.: Viral, protozoan, and related intracranial infections. In: Volpe J.J., ed. Neurology of the newborn, 3rd ed Saunders CompanyPhiladelphia, London, Toronto, Montreal, Sydney, Tokyo1995: 675-729. 2 Barkovich A.J., Lindan C.E.: Congenital cytomegalovirus infection of the brain: imaging analysis and embryologic considerations. AJNR Am J Neuroradiol 15. 703715.1994; Abstract 3 Boppana S.B., Fowler K.B., Vaid Y., Hedlund G., Stagno S., Britt W.J., et al: Neuroradiographic findings in the newborn period and long-term outcome in children with symptomatic congenital cytomegalovirus infection. Pediatrics 99. 409414.1997; Abstract 4 Malinger G., Lev D., Zahalka N., Ben Aroia Z., Watemberg N., Kidron D., et al: Fetal cytomegalovirus infection of the brain: the spectrum of sonographic findings. AJNR Am J Neuroradiol 24. 28-32.2003; Abstract 5 de Vries L.S., Gunardi H., Barth P.G., Bok L.A., VerboonMaciolek M.A., Groenendaal F.: The spectrum of cranial ultrasound and magnetic resonance imaging abnormalities in congenital cytomegalovirus infection. Neuropediatrics 35. 113119.2004; Abstract 6.Noyola D.E., Demmler G.J., Nelson C.T., Griesser C., Williamson W.D., Atkins J.T., et al: Early predictors of neurodevelopmental outcome in symptomatic congenital cytomegalovirus infection. J Pediatr 138. 325-331.2001; Full Text 7 Whitley R.J., Cloud G., Gruber W., Storch G.A., Demmler G.J., Jacobs R.F.National Institute of Allergy and Infectious Diseases Collaborative Antiviral Study Group, et al: Ganciclovir treatment of symptomatic congenital cytomegalovirus infection: results of a phase II study. J Infect Dis 175. 10801086.1997; Abstract 8 Kimberlin D.W., Lin C.Y., Sanchez P.J., Demmler G.J., Dankner W., Shelton M., et al: Effect of ganciclovir therapy on hearing in symptomatic congenital cytomegalovirus disease involving the central nervous system: a randomized, controlled trial. J Pediatr 143. 16-25.2003; Full Text 9 Lanari M., Lazzarotto T., Venturi V., Papa I., Gabrielli L., Guerra B., et al: Neonatal cytomegalovirus blood load and risk of sequelae in symptomatic and asymptomatic congenitally infected newborns. Pediatrics 117. e76-e83.2006; Abstract 10 Lazzarotto T., Varani S., Guerra B., Nicolosi A., Lanari M., Landini M.P.: Prenatal indicators of congenital cytomegalovirus infection. J Pediatr 137. 90-95.2000; Full Text 11 Allan W.C., Hold P.J., Sawyer L.R., Tito A.M., Meade S.K.: Ventricular dilation after neonatal periventricularintraventricular hemorrhage: natural history and therapeutic implications. Am J Dis Child 136. 589-593.1982; Abstract 12.Coley B.D., Rusin J.A., Boue D.R.: Importance of hypoxic/ischemic conditions in the development of cerebral lenticulostriate vasculopathy. Pediatr Radiol 30. 846-855.2000; Abstract 13 Cabanas F., Pellicer A., Morales C., Garcia-Alix A., Stiris T.A., Quero J.: New pattern of hyperechogenicity in thalamus and basal ganglia studied by color Doppler flow imaging. Pediatr Neurol 10. 109116.1994; Abstract 14 Wang H.S., Kuo M.F., Chang T.C.: Sonographic lenticulostriate vasculopathy in infants: some associations and a hypothesis. 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Brain Dev 24. 710-714.2002; Abstract 29 van der Knaap M.S., Vermeulen G., Barkhof F., Hart A.A., Loeber J.G., Weel J.F.: Pattern of white matter abnormalities at MR imaging: use of polymerase chain reaction testing of Guthrie cards to link pattern with congenital cytomegalovirus infection. Radiology 230. 529536.2004; Abstract 30 Barkovich A.J., Chuang S.H., Norman D.: MR of neuronal migration anomalies. Am J Radiol 150. 179-187.1988; 31 Pellicer A., Cabanas F., Perez-Higueras A., Garcia-Alix A., Quero J.: Neural migration disorders studied by cerebral ultrasound and color Doppler flow imaging. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 73. F55-F61.1995; Abstract OBRIGADA!!!