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Rogério Gozzi Osteologia é o ramo da ciência que compreende o estudo dos ossos e de seus componentes estruturais. Os ossos apresentam proeminências denominadas acidentes ósseos e cada osso tem suas características próprias. Para você compreender mais facilmente a osteologia é necessário dividir o esqueleto em duas partes: o esqueleto axial e o esqueleto apendicular. Esqueleto Axial: Compreende os ossos que formam a cabeça, a coluna vertebral e o tórax. Esta porção do esqueleto forma o eixo principal de suporte do corpo e protege o sistema nervoso central (SNC) e os órgãos do tórax. Sendo assim, os ossos do esqueleto axial são os ossos do crânio e face, as vértebras, o osso sacro, o cóccix, as costelas e o osso esterno. Esqueleto Apendicular: Inclui os ossos dos membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII) e os ossos pelos quais esses membros se articulam com o esqueleto axial, isto é, a cintura escapular e a cintura pélvica. A cintura escapular não forma um suporte muito firme, estando presa ao esqueleto axial somente pelo osso esterno. Este suporte, entretanto, é suficiente, porque os MMSS não suportam o peso do corpo. A cintura escapular permite uma ampla gama de movimentos dos ombros e une o esqueleto axial ao apendicular nesta região. A cintura pélvica, ao contrário, suporta todo o peso do corpo. Para cumprir essa função não basta que tenha uma fixação mais extensa no esqueleto axial, mas também que os dois lados da cintura pélvica se fixem um ao outro pela sínfise púbica. Além disso, a cintura pélvica está alinhada com os ossos dos MMII de tal maneira que transfere a eles a maior parcela do peso que ela suporta. A cintura pélvica representa a união do esqueleto axial ao apendicular na região da pelve. Região Esqueleto Axial Cabeça Coluna Vertebral Tórax (Costelas e Esterno) Esqueleto Apendicular Cintura Escapular MMSS Cintura Pélvica MMII Número de Ossos Total 29 26 25 80 4 60 2 60 126 Esqueleto Axial Coluna Vertebral: Detalhes específicos das vértebras VÉRTEBRAS CERVICAIS Processos espinhosos bifurcados: Os processos espinhosos das vértebras cervicais tem a ponta dupla, com exceção da primeira e da sétima; Vértebra proeminente: A sétima vértebra cervical, assim chamada pelo seu longo processo espinhoso que se sobressai além dos demais das outras vértebras cervicais, tornando-se um marco na contagem dos outros processos espinhosos; Atlas: A primeira vértebra cervical, que se articula com os côndilos occipitais do crânio, não apresenta corpo, nem processo espinhoso. Tem a forma de um anel, constituído de arcos anterior e posterior; Axis: A segunda vértebra cervical tem uma projeção vertical chamada dente, que se origina na parte superior do seu corpo. Este processo funciona como um eixo ao redor do qual gira a vértebra axis. VÉRTEBRAS TORÁCICAS Processos espinhosos: Protuberâncias longas e afiladas que se projetam agudamente para baixo. Esta inclinação não é tão marcada nas vértebras torácicas mais baixas; Facetas articulares: Superfícies articulares para as costelas no processo e no corpo de todas as vértebras torácicas. A 11ª e a 12ª vértebras são exceções, pois não possuem facetas articulares em seus processos transversos. Articuladas com as 12 vértebras torácicas estão 12 pares de costelas. Os sete primeiros pares são chamados de costelas verdadeiras, pois anteriormente estão articuladas diretamente com o esterno, formando articulações esterno-costais. Do 8º ao 10º pares de costelas torácicas, são chamadas de costelas falsas, pois estão ligadas com as cartilagens costais, formando as articulações condro-costais. O 11º e 12º pares são chamados de costelas flutuantes pois não se articulam, ficando livres. VÉRTEBRAS LOMBARES Corpo: Mais largos e mais pesados do que os corpos das vértebras de outras regiões; Processos espinhosos: Curtos e ásperos comparados com os processos espinhosos de outras regiões; Processos articulares: O processo articular superior orienta-se mais pra dentro do que posteriormente, o processo articular inferior orientase mais para fora do que anteriormente. Este posicionamento mantém as vértebras unidas, impedindo a sua rotação; Vértebras sacrais: No adulto, as cinco vértebras sacrais estão unidas num osso único, o sacro. As linhas transversais de fusão são visíveis na sua parte anterior. Os processos espinhosos formam a crista sacral mediana na sua face posterior. Os processos transversos fundidos formam as asas sacrais que se articulam com os ossos do quadril. Os forames sacrais representam os forames intervertebrais. Borda superior ventral da primeira vértebra sacral forma uma projeção chamada promontório. Cóccix: Representa as vértebras coccígeas fundidas. Articula-se com o ápice do osso sacro. Esqueleto Apendicular Ossos dos Membros Superiores e seus acidentes ósseos Clavícula: Tem a forma de “S” e une anteriormente o esqueleto axial ao apendicular nos MMSS; Escápula: Cavidade glenóide, acrômio, processo coracóide, espinha da escápula, fossa supra-espinhal, fossa infra-espinhal, fossa subescapular, borda lateral, borda medial, ângulo superior e ângulo inferior da escápula; Úmero: Cabeça do úmero, tubérculo maior e tubérculo menor (proximal); epicôndilo lateral, epicôndilo medial, capítulo e tróclea (distal); Rádio: Cabeça do rádio e tuberosidade do rádio (proximal); processo estilóide (distal); Ulna: Olécrano (proximal) e processo estilóide (distal); Punho – Ossos do carpo: Escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme (fileira carpal proximal); trapézio, trapezóide, capitato e hamato (uncinado) (fileira carpal distal); Mão – 5 metacarpos e 14 falanges: Falanges proximal, média e distal, com exceção do polegar onde existem apenas falanges proximal e distal; Ossos dos Membros Inferiores e seus acidentes ósseos Osso do quadril: Une o esqueleto axial ao apendicular anteriormente pela sínfise púbica e posteriormente pela articulação sacroilíaca. Consiste de três ossos (ílio, isquio e púbis, fundidos em um único osso). Acetábulo, Crista ilíaca, fossa ilíaca, espinha ilíaca ântero-inferior, espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca pósteroinferior, face articular do ílio (art. Sacro-ilíaca), sínfise púbica, forame obturado e tuberosidade isquiática; Fêmur: Cabeça do fêmur, colo, trocânter maior e trocânter menor (proximal); linha áspera (média); côndilo lateral, côndilo medial, tróclea (face articular patelar), tubérculo adutor, epicôndilo medial e epicôndilo lateral, interlinha articular (distal); Patela: Ápice da patela, base da patela, face anterior e face articular; Tíbia: Côndilo lateral, côndilo medial, eminência intercondilar e tuberosidade da tíbia (proximal); maléolo medial (distal); Fíbula: Cabeça da fíbula – proximal, maléolo lateral (distal); Tornozelo – Ossos do tarso: Tálus, calcâneo, navicular, cubóide, cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral; Pé – 5 metacarpos e 14 falanges: Falanges proximal, média e distal, com exceção do hálux onde existem apenas falanges proximal e distal). Bibliografia • • • • • • • • • • Dangelo e Fatini - Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar Hoppenfeld - Propedêutica Ortopédica: Coluna e Extremidades Kapit - Anatomia: Manual para Colorir Netter - Atlas de Anatomia Humana Rohen/Yokochi - Anatomia Humana: Atlas Fotográfico Sobotta - Atlas de Anatomia Humana Spence - Anatomia Humana Básica Tixa - Atlas de Anatomia Palpatória do Pescoço e do Tronco Superior Tixa - Atlas de Anatomia Palpatória do Membro Inferior Wolf-Heideger - Atlas de Anatomia Humana