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Isolamento e Caracterização de Células-Tronco Tumorais como Critério Prognóstico de Osteossarcoma Maria Eugênia Duarte Leite, MD, PhD Suzana Assad Kahn, PhD Walter Meohas, MD, MsC Amanda Cavalcanti, MsC Ema Torrado, MsC Ana Cristina Lopes, MD O osteossarcoma (OS) é o tumor ósseo maligno primário mais comum, representando 55% dos tumores ósseos malignos em crianças e adolescentes. O OS acomete principalmente ossos longos de pacientes nas duas primeiras décadas de vida (1). Os sintomas são dor e aumento de volume local ou articular. O tratamento do OS consiste em quimioterapia (QT) neoadjuvante, adjuvante e cirurgia e é frequente a não resolução após o tratamento clínico (2). Em países desenvolvidos, a taxa de sobrevida para pacientes com OS não metastático e metastático é de aproximadamente 75% e 25%, respectivamente (3). Estudos recentes identificaram subpopulações de células em tumores que levam ao seu crescimento e recorrência, denominadas células-tronco tumorais (CTT) (4). As CTT são resistentes aos tratamentos anticâncer adotados atualmente, tais como quimioterapia (QT) e radioterapia. Isso sugere que, embora eliminem grande parte da massa tumoral, os tratamentos atuais são incapazes de eliminar o tumor por inteiro, visto que as CTT sobrevivem e regeneram a neoplasia. Portanto, a presença de CTT no OS pode apresentar importante valor prognóstico para esta neoplasia (5,6,7). Objetivo: Investigar o papel das células-tronco do osteossarcoma na evolução clínica e na resposta à quimioterapia. Células-tronco tumorais Quimioterapia Células tumorais Morte das células tumorais e sobrevivência das células-tronco tumorais Recidiva (crescimento do tumor) Adaptado de: Gilbertson, R.J.; Graham, T.A. Cancer: Resolving the stem-cell debate. Nature, 488, 462–463, 2012. Quimioterapia Crianças e jovens com suspeita clínica de OS Realização de biópsia para diagnóstico histopatológico Cirurgia para remoção do tumor Fragmento encaminhado à pesquisa mediante autorização do paciente O entendimento do papel das células-tronco tumorais na resposta do osteossarcoma à quimioterapia pode ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos terapêuticos. Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Mirabello, L., Troisi, R.J. e Savage, S.A. Osteosarcoma incidence and survival rates from 1973 to 2004: Data from the Surveillance, Epidemiology, and End Results Program. Cancer. 115, 2009, Vol. 7, 1531-1543. Arndt, C.A.S., Rose, P.S. e Folpe, A.L. Common Musculoskeletal Tumors of Childhood and Adolescence. Mayo Clin Proceedings. 87, 2011, Vol. 5, 475-487. Bielack, S. S. et al. Osteosarcoma: the COSS experience. Cancer Treatment Research. 152, 2009, 289-308. Gilbertson, R.J.; Graham, T.A. Cancer: Resolving the stem-cell debate. Nature, 488, 462–463, 2012 Reya, T., Morrison, S.J., Clarke, M.F. & Weissman, I.L. Stem cells, cancer, and cancer stem cells. Nature 414, 105-111 (2001). Singh, S.K., et al. Identification of a cancer stem cell in human brain tumors. Cancer research 63, 5821-5828 (2003). Eyler, C.E. & Rich, J.N. Survival of the fittest: cancer stem cells in therapeutic resistance and angiogenesis. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology 26, 2839-2845 (2008).